quinta-feira, 7 de junho de 2012

Que práticas são utilizadas para “melhorar” a produção animal?

  • Antibióticos- são aditivos alimentares utilizados em animais em crescimento;
  • Hormonas Sintéticas- Também aceleram o crescimento dos animais e são usadas para tratar a asma ou para reduzir os abortos, mas têm como principal efeito secundário aumentar a proporção de massa muscular em relação às gorduras;
  • Farinha Animal- É usada para aumentar a massa corporal


Bibliografia: 
http://bio12.home.sapo.pt/micro_ficheiros/16-producao_animal.pdf



sexta-feira, 1 de junho de 2012

Clonagem em Animais com transferência de embriões


       Como se procede a Técnica?
   As células são retiradas de embriões com poucos dias de vida (cerca de 6/8 dias), ou seja, sem se ter iniciado a diferenciação celular, assim são separadas e colocadas em meios de cultura apropriados. Os novos embriões formados a partir dessas células são introduzidos nos úteros de fêmeas adultas, onde podem desenvolver-se.


     
      O porquê da sua Utilização?
  A clonagem de animais com transferência de embriões é utilizada na criação de vários mamíferos, incluindo, para além de bovinos, por exemplo, ovelhas e cavalos. Devido ao desenvolvimento da agropecuária viu-se a necessidade de se realizar métodos industriais cada vez mais rentáveis e que conduzissem ao sucesso nas produções.
  


Por Exemplo: Foi criado um projecto de séries de clones, entre a Universidade do Norte do Panamá e Universidade Federal do Pará, o projecto teve inicio em 2007, foi montada uma fábrica de clones, e a experiência teve inicio numa vaca Canjica e touro Irã, que forneceram o material genético para a formação dos embriões. 
    As conclusões que foram tiradas deste projecto é que das gestações feitas, apenas em metade ocorreu esse nascimento e só metade dos que nasceram sobreviveram, contudo os sobreviventes apresentam elevados custos não a nível da clonagem, mas a nível dos cuidados medico-veterinários. 
    E um importante aspecto a salientar é que após a clonagem se estes animais fossem colocados num ambiente que mais tarde sofresse mudanças ambientais que tornassem o ambiente hostil então estes bovinos podiam simplesmente desaparecer devido a falta de resistência.

      As Vantagens
   A clonagem é um processo rápido que envolve poucos custos.

      As Desvantagens
  Esta técnica produz um elevado número de organismos geneticamente idênticos, mas reduz a variabilidade genética das espécies. 
 Tal como no cruzamento selectivo, na clonagem, uma redução na variabilidade dos indivíduos de uma população reduz o numero de alelos do fundo genético, diminuindo a probabilidade de serem produzidas novas variedades, quer naturalmente quer artificialmente.

Bibliografia:
- DIAS DA SILVA, Amparo [et al] – Terra, Universo de Vida – Biologia – 12º Ano, 1ª ed. Porto: Porto Editora, 2010


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Inseminação Artificial em Animais


A técnica da Inseminação Artificial em Animais consiste num conjunto de procedimentos que decorrem desde a recolha de sémen de um macho com características desejadas, até à introdução do mesmo, no canal vaginal da fêmea da mesma espécie, a qual também apresenta características pretendidas.

Esta técnica, inicialmente, foi usada para o melhoramento genético devido à sua eficácia e por ser um processo económico. Também foi utilizada para erradicar as doenças infeciosas que eram transmitidas dos machos para as fêmeas através do ato sexual natural, no caso dos bovinos.

A partir do momento em que começaram a congelar o sémen, o processo da inseminação artificial passou a ser mais rápido e controlado, viabilizando o uso do sémen em questão no futuro.

A IA em animais apresenta vantagens, tais como:

·        Possibilita o cruzamento entre raças;

·        Previne acidentes que podem ocorrer durante o ato sexual;

·        Reduz a dificuldade dos partos, pelo uso de touros que comprovadamente  produzem filhos de pequeno porte ao nascimento;

·        Aumenta o número de descendentes de um reprodutor;

·        Padroniza o “rebanho”, facilitando a comercialização do mesmo;

E desvantagens, entre as quais se destacam:

·        Dificuldade de identificar os animais com cio;

·        Pessoas qualificadas para realizarem a inseminação no animais;

·        Dificuldade na obtenção de azoto líquido e, consequentemente, dificuldade em manter o sémen armazenado.

Para compreender melhor a Inseminação Artificial em animais, vejam os vídeos seguintes.



Bibliografia:

http://www.altagenetics.com.br/manual/introducao.htm
http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc_pdf/DOC071.pdf
http://www.asbia.org.br/?informacoes/inseminacao_artificial
http://www.infobibos.com/Artigos/2008_1/Inseminacao/index.htm

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fertilização in vitro em animais e transferência de embriões.

A fertilização in vitro e a transferência de embriões é um método utilizado na reprodução selectica em animais.

Esta técnica foi introduzida na reprodução selectiva em animais, uma vez que o uso de um macho com características de sucesso para inseminar uma grande quantidade de fêmeas não permitia que uma fêmea produzisse um maior número de descendentes, o que passou a ser possível através do recurso ao método de fertilização in vitro e transferência de embriões.


Em que se baseia então esta técnica? Quais as suas etapas?

Inicialmente seleccionam-se um macho e uma fêmea que apresentem as características desejáveis. Trata-se a fêmea com a hormona foliculoestimulina que irá provocar uma ovulação múltipla, isto é, a libertação de mais do que um oócito.
Passado um determinado tempo aspiram-se os oócitos da fêmea e colocam-se-nos num fluido semelhante ao que se encontra no oviduto.
Por outro lado, recolhe-se o esperma do macho que é adicionado aos oócitos.
Desta forma ocorre, então, a fecundação in vitro.
Após esta fecundação, os embriões começam a desenvolver-se, sendo a cultura mantida em condições controláveis.
Posteriormente, quando cada embrião atinge 8 a 16 células, as células pode ser separadas e colocadas num outro meio de cultura. Como cada célula é totipotente, ocorre, então, a formação de novos embriões.
Passado algum tempo, os embriões podem ser separados. Após a sua separação, cada embrião é colocado no útero de uma fêmea (que recebeu, anteriormente, um tratamento com progesterona, para que o útero se encontre apto a receber o implante) de forma a que possa ocorrer o desenvolvimento de um novo ser que reunirá as características desejadas e, anteriormente, seleccionadas.

Por exemplo, no Brasil, um país produtor de gado, a utilização desta técnica tem vindo a ganhar terreno ao longo dos últimos anos:
A Fertilização in vitro, em 2000 foi responsável por 24,6% dos embriões transferidos, enquanto que o procedimento convencional foi responsável por 75,4%, segundo dados colectados pela Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões. Já a partir de 2005 essa realidade inverteu-se, tendo 54,3% utilizado a FIV, aumentando ainda mais em 2007 que passou a ser de uma percentagem de 75% do total de uma amostra de 200 mil embriões transferidos.”

Bibliografia:
http://www.revistaveterinaria.com.br/2012/03/28/profissionais-especializados-em-fiv-sao-cada-vez-mais-valorizados-no-mercado/
DIAS DA SILVA, Amparo [et al] – Terra, Universo de Vida – Biologia – 12º Ano, 1ª ed. Porto: Porto Editora, 2010

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Métodos de Reprodução Seletiva em animais



Como já foi referido, e achando por bem frisar este aspeto de novo, a reprodução seletiva em animais tem como principal objetivo obter animais maiores, mais saudáveis, e cujo o produto que deles advém seja em maior quantidade e maior qualidade. Existem vários métodos de reprodução seletiva sendo eles:

-Método “tradicional”;
-Inseminação artificial;
-Fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões;
-Clonagem com transferência de embriões.



 O método “tradicional” para a reprodução seletiva em animais tem sido praticado desde há muitos anos atrás.

Este método consiste simplesmente no cruzamento de duas raças diferentes, um macho e uma fêmea que possuam as características desejáveis ao produtor, ou seja, é “provocado” o cruzamento entre os dois animais com certas características cada um, para obter organismos com as características pretendidas.

Até que se consiga obter linhas puras com estas características desejáveis são necessários vários anos, pois este método resulta de uma reprodução sexuada. Tal como foi referido na publicação do meu colega Adriano Martins, existem alguns bovinos que demoram cerca de 8 anos até se obter uma descendência com as características pretendidas. Este método é mais utilizado ao nível da pecuária.








Com todas estas técnicas pretende-se aumentar a produtividade para a obtenção de benefícios económicos, mas corre-se sempre o risco da perda de biodiversidade.
Ao longo das próximas semanas, iremos analisar e explorar os métodos de reprodução seletiva em animais pormenorizando cada um dos restantes. (Inseminação artificial; Fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões; Clonagem com transferência de embriões.)

Bibliografia: http://www.infopedia.pt/$reproducao-selectiva-(tecnicas-tradicionais
http://www.slideshare.net/ilopes1969/cultivo-de-plantas-e-criao-de-animais
http://ceiciencia.files.wordpress.com/2010/05/reproducao-selectiva-em-animais.pdf

sexta-feira, 11 de maio de 2012


Desvantagens da reprodução selectiva em animais


Nos animais, a reprodução selectiva foi facilitada com o desenvolvimento das técnicas de inseminação artificial. O sémen de um macho com características vantajosas pode ser usado para inseminar uma grande quantidade de fêmeas.



Desvantagens associadas:

·         É um processo lento;

·         Apenas permite combinar características de indivíduos da mesma espécie ou de espécies relacionadas;

·         As variedades resultantes perdem eficácia num período de tempo curto devido a pragas e doenças.





Bibliografia

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Casos Reais de Reprodução Selectiva em Animais

        Actualmente, pela agropecuária moderna consegue-se produzir animais e esse resultado deve-se a mais de 10000anos de modificações, devido a presença do homem no cruzamento de espécies. 
     O Homem seleccionou animais que apresentavam determinadas características com interesse, como por exemplo, adaptação, resistência a doenças, vigor, com o objectivo de obter maior produtividade.
         Como exemplos reais de reprodução selectiva em animais temos as vacas, em que foram cruzados duas espécies diferentes, contudo este processo demorou cerca de 8 anos até se obter uma descendência com as características pretendidas.

Individuo 1                           Individuo 2
                
-Pêlo curto, espesso, brilhante          -Animais dóceis.                      que reflecte á luz do sol.
-Pele flácida que aumenta a área         -Produzem bastante leite.       de superfície para arrefecimento.

-Glândulas sudoriparas que permitem      -Bastante férteis.             o afastamento dos insectos.                                                                                                              

      -São mais susceptíveis a carraças do gado.

                                      



Individuo 3:  
-São tranquilos.
-Produzem bastante leite.

-Tem boa fertilidade.
-Toleram calor a a falta de água
-Boa carne.

-Elevada resistência as carraças.


Também temos o caso do cão, como o meu colega Paulo referenciou na publicação anterior, em que se cruzam diferentes raças de cães para que se consiga uma maior variedade de cães.


   


Concluindo, podemos notar que a reprodução selectiva em animais, tanto pode ser um método que contribui para a variedade das células como também pode limitar a espécie a nível de características diferentes.

Bibliografia: Silva, A, Mesquita,M, Félix, L, Terra, Universo de Vida - Biologia - 12º Ano, 1ª Ed. Porto: Porto Editora, 2010

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Objectivos da Reprodução Selectiva em Animais

Objectivos da Reprodução Selectiva em Animais
Por que razão se efectuam cruzamentos entre animais com certas características de modo a obter organismos com as características desejadas?
 
Os criadores de animais, podem realizar estes cruzamentos entre animais para:


· Obter um maior número de descendentes.


· Obter uma linhagem “puro-sangue” de cavalos, cães, gatos, entre outros.


· Produção de carne, ovos e leite em maior quantidade e com melhor qualidade.


· Obtenção de animais que possuam uma maior resistência a determinadas doenças e parasitas.


Bull Terrier. Uma das diversas espécies de cães.
Por exemplo, estudos de DNA defendem que as diferentes espécies de cães descendem todas de uma única espécie, a Canis Lupus, (lobo-cinzento) e que estas diferentes espécies de cães foram obtidas através de reprodução selectiva realizada pelo Homem. Assim, ao longo de várias gerações e através de cruzamentos entre animais com características específicas obtiveram-se diversas espécies de cães com características distintas e tendo estes cruzamentos vários objectivos, quer seja a criação de cães de companhia, protecção, caça de animais, etc.





Bibliografia:

- DIAS DA SILVA, Amparo [et al] - Terra, Universo de Vida - Biologia - 12º Ano, 1ª Ed. Porto: Porto Editora, 2010
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1135&sid=2

segunda-feira, 16 de abril de 2012

REPRODUÇÃO SELECTIVA EM ANIMAIS

A reprodução seletiva em animais é utilizada há vários séculos e baseia-se numa seleção artificial dos animais com características vantajosas. Tal como nas plantas, no caso dos animais, em cada geração, efetuam-se cruzamentos entre seres que apresentam determinadas características pretendidas, com a intenção de aumentar a sua representatividade na geração seguinte.

Como tudo começou…

Há milhares de anos, a única forma de melhorar a criação de animais era cruzar machos e fêmeas que tivessem as características pretendidas. A partir do século XX, a técnica da Inseminação Artificial passou a ser usada frequentemente. Por exemplo, os touros com melhores características são mantidos em centros especiais e o seu sémen, depois de diluído, é armazenado e congelado, podendo os criadores de gado comprar quantidades deste sémen para inseminar as vacas da sua produção, transmitindo-se, normalmente, desta forma as características pretendidas à geração seguinte. A possibilidade de se fazer em alguns animais a Inseminação Artificial, foi o primeiro avanço no melhoramento genético de algumas espécies. Contudo, o uso de um touro com as características de sucesso permitia inseminar uma grande quantidade de vacas mas, cada vaca apenas poderia produzir um vitelo. Este problema foi resolvido com as técnicas de Fertilização in vitro (FIV) e de transferência de embriões.

Bibliografia:

- http://ceiciencia.files.wordpress.com/2010/05/reproducao-selectiva-em-animais.pdf
- DIAS DA SILVA, Amparo [et al] – Terra, Universo de Vida – Biologia – 12º Ano, 1ª ed. Porto: Porto Editora, 2010

sábado, 10 de março de 2012

Casos Reais de utilização de OGM's no mundo e Curiosidades

As culturas de organismos geneticamente modificados têm vindo a aumentar no mundo. Estas culturas são essencialmente de soja, milho, algodão, colza e arroz dourado.

SOJA
Existem vários tipos de soja transgénica, dependendo do gene que nela foi inserido. A mais conhecida apresenta um gene que lhe confere resistência aos herbicidas. Este provém de uma bactéria designada por Agrobacterium tumefaciens.

MILHO
O milho geneticamente modificado, também conhecido por milho BT, é assim designado devido ao gene que é inserido na planta que provém da bactéra Bacillus thurigiensis. Esta bactéria produz uma substância que mata os insectos que se alimentam do milho. Esta técnica neutraliza a utilização de herbicidas tóxicos e consequentemente, a destruição dos campos de cultivo por parte dos insectos.

ALGODÃO
É um produto transgénico muito comercializado. Para conferir uma maior resistência contra as herbicidas e as larvas, foi necessário introduzir enzimas, como a Cryl A da bactéria Bacillus thurigiensis e a Nitrilase da bactéria Klebsiella pneumonize através da técnica do DNA recombinante.

COLZA
A colza é uma planta transgénica de onde é extraido o azeite de colza utilizado na produção de biodiesel. Os genes inseridos na colza retirados da bactéria Bacillus amyloliquefaciens conferem resistência aos pesticidas, quando as culturas de colza forem pulverizadas por estes químicos com o intuito de eliminar algumas pragas.

ARROZ DOURADO
Este transgénico possui dois genes retirados dos narcisos, plantas de inverno, e ainda de um gene proveniente de uma bactéria. Estes genes codificam a substância designada por beta-caroteno, que é rico em vitamina A. Esta técnica permite que o arroz seja fortalecido com a vitamina A, com a função de alimentar populações de países subdesenvolvidos, que apresentam uma fraca alimentação e carenciada de vitaminas.

No que respeita aos países detentores das maiores áreas de cultivo de transgénicos, os Estados Unidos lideram o ranking (com 62,5 milhões de hectares) e Argentina está colocada no segundo lugar (com 21 milhões hectares). Nestes dois países, a área com OGM's representa 80% do total cultivado. O Brasil, com 15,8 milhões de hectares cultivados com soja, algodão e milho, está na terceira posição no ranking dos maiores produtores de transgénicos.

O maior crescimento de área plantada com transgénicos foi registado pela Índia, que igualou o Canadá no no quarto lugar do ranking, registando um acréscimo de 23%, para 7,6 milhões de hectares. Em quinto lugar, vem a China com 3,8 milhões de hectares.


CURIOSIDADES...

- O primeiro Ogm criado foi da bactéria E. coli que sofreu adição de genes humanos para a produção de insulina em 1980.
- A primeira planta transgénica foi obtida em 1983.
- A primeira vacina geneticamente modificada foi criada em 1984, contra a Hepatite B.
- Em 1987, no Reino Unido, foram adicionados genes em plantas da batata para que estas produzissem mais proteínas e aumentassem o seu valor nutricional, com a função de alimentar populações dos países subdesenvolvidos.
- Em 1990 foi criada a primeira vaca trangénica para produzir leite com proteínas do leite humano para crianças.
- Actualmente os maiores produtores de transgénicos são os Estados Unidos, a Argentina, o Canadá e a China.


Bibliografia: http://www.ogmespan.blogspot.com/2009/05/transgenicos.html

quinta-feira, 8 de março de 2012

Desvantagens da utilização dos organismos geneticamente modificados

-Poucos laboratórios tem os equipamentos, reagentes e pesquisadores capazes de obter organismos transgénicos com toda a segurança requerida pela Lei de Biossegurança, fiscalizada pela Comissão Nacional Técnica de Biossegurança CTNBio;

- Após a obtenção do organismo transgénico, segue-se a fase mais longa e dispendiosa, de cinco ou mais anos, e milhões de euros para selecionar e desenvolver o produto. Só algumas empresas têm capacidades financeiras para lançar novos organismos transgénicos;

- O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados.

- A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha é sempre maior em áreas onde se plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, o sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afectar apenas algumas variedades.

- Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.

- Os alimentos "orgânicos", isentos de agrotóxicos e transgénicos, parecem ideais, contudo a sua produção é mais cara, muito mais trabalhosa. Infelizmente os alimentos orgânicos foram os alimentos dados às vacas e aos porcos na Inglaterra que se contaminaram com graves doenças. Também o estrume de vaca usado na cultura de verduras "orgânicas" pode conter uma bactéria Escherichia coli 715 H7, que é letal.





Bibliografia:
http://www.segurancalimentar.com/conteudos.php?id=594




sábado, 3 de março de 2012

Vantagens dos OGM (organismos geneticamente modificados)



Tolerância a Herbicidas – Aumento da Produtividade

As plantas podem ser modificadas de modo a terem no seu DNA um gene que lhe confira resistência a produtos químicos como os pesticidas e os insecticidas. Com isto os produtores vão poder usar as quantidades de químicos desejadas para acabar com as pragas e assim obter um maior aumento de produto no final de cada época.




Tolerância a Insectos – Redução dos Químicos Usados

As culturas transgénicas podem ser munidas de genes que lhes confiram resistência ás suas pragas naturais, produzindo toxinas que matam essas pragas. Com isto, é desnecessário o uso de químicos como os pesticidas na agricultura, uma vez que a própria planta se “protege sozinha”, contribuindo assim para reduzir a poluição ambiental.



Redução do Uso de Fertilizantes

Alguns frutos e nozes são munidos de genes capazes de os fazer aumentar o seu tamanho naturalmente sem precisarem de ser utilizados fertilizantes e outros químicos nas culturas para os tornarem maiores e mais apetecíveis.


Melhoria da Qualidade dos Alimentos

A tecnologia usada nos transgénicos permitem-nos melhorar e corrigir os mais variados alimentos de modo a produzirmos novos alimentos com as características desejadas. Podem ser obtidos alimentos com maior teor em certos nutrientes, alimentos com vitaminas que naturalmente não conseguiriam produzir... Pode ainda reduzir-se a síntese de algumas proteínas para que os alimentos durem mais tempo.




Clonagem

Através da técnica de DNA recombinante é possível introduzir nas bactérias genes com determinadas funções (genes de interesse). As bactérias ao reproduzirem-se formam descendentes exatamente iguais entre si, como se fosse um clone, assim fazem copias desse gene, sendo este processo chamado de Clonagem.


Produção de Medicamentos

Tal como na clonagem, através de técnicas de DNA recombinante é possível fazer com que as bactérias passem a produzir determinadas substâncias através da inserção de genes de interesse benéficas para a saúde, e assim produzir medicamentos com base nessas substâncias produzidas.

Acabar com a Fome Mundial

Os transgénicos ao permitirem um maior aproveitamento de culturas e principalmente a concepção de alimentos mais ricos em nutrientes e vitaminas, são vistos como uma esperança para os países de terceiro mundo. Isto porque o seu tempo de crescimento é mais curto e permitem as produções em grande escala.





Em suma, a manipulação genética pode então ser usada para oferecer oportunidade para o crescimento e ou para a agricultura sustentável de um determinado país. No entanto, os países em desenvolvimento precisam de governar/controlar a sua manipulação genética, identificando os aspectos realmente ameaçadores, de modo a fazer uso da biotecnologia (área que permite o “fabrico” de OGM) para servir os seus interesses, beneficiando por exemplo o sector agrícola. Dai o facto de se pensar em modificar, por exemplo, sementes para que estas sejam resistentes a determinadas condições ambientais como por exemplo a seca ou a elevada salinidade do solo.


Bibliografia:
http://www.websitesaude.kit.net/transgenicos.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/OGM
http://likenotherblog.blogspot.com/2006/02/vantagens-e-desvantagens-dos-ogm.html
http://ogmespan.blogspot.com/2009/05/vantagens-dos-ogm.html


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Quais as técnicas utilizadas na produção dos Organismos Geneticamente Modificados?

As técnicas utilizadas na produção dos transgénicos consistem essencialmente na manipulação genética mas mesmo assim existem métodos inadequados como transformação de pólen, macronjecção, electroforense, incubação de sementes, embriões, tecidos ou células em DNA, tratamento com microlaser, entre outros. Dos métodos experimentais de maior sucesso evidenciam-se a micronjeção, técnica de DNA Recombinante, transferência de genes mediante de um vector, transferência de genes por bombardeamento de partículas, microporação, ou seja, métodos que a natureza por si própria não consegue executar.
    Cada um destes métodos terá o seu grau de eficácia e o seu custo associado portanto as empresas quando estão a trabalhar em algo procuram encontrar o método mais eficaz e de menor custo para possuírem elevado lucro financeiro.

A Técnica de DNA Recombinante consiste na extração do DNA do individuo que tem falta de uma característica especifica e também se extrai o DNA de um individuo que contem essa característica. Com a ajuda de enzimas de restrição, ou seja são enzimas que catalisam a fragmentação do DNA em porções menores ficando o DNA repartido pronto a ser ligado ao outro DNA que sofreu o mesmo processo. Assim as duas porções finais vão se ligar através de enzimas ligase que são colocadas num meio específico e deste modo optem-se o DNA do individuo com a característica pretendida. E associado a esta técnica temos a transferência de genes mediante de um vector, ou seja um plasmídeo que possui extremidades coesivas, zonas onde se pudera ligar as extremidades coesivas do Gene especifico e este plasmídeo em meio de cultura ira-se associar a bactérias que possuíram o gene humano.

O Bombardeamento de partículas consiste em acelerar, através de um aparelho, a altas velocidades as micropartículas de um metal, que foram revestidas por DNA que contêm os genes específicos. Também este “canhão de genes” irá bombardear o tecido vegetal que vai sofrer uma alteração. As partículas penetram dentro das células, e assim libertam os fragmentos de DNA. Adquirindo as células os genes específicos. 

O PCR (Reacção em Cadeia Polimerase) permite obter várias copias igual de DNA, replicando-o. Esta técnica veio possibilitar novas estratégias no âmbito da tecnologia do DNA recombinante.

Métodos de transferência de Genes:
                Em animais:   
          1. Microinjecção de DNA linear no pronúcleo;
Injecção de moléculas de DNA linear para óvulos fecundados/ovos (fase pronuclear) com um microscópio invertido, equipamento de micromanipulação e aparelhos de injecção.
     Imagem 1 – Microinjecção de DNA
                                                              
        2. Transferência de células embrionárias para blastocistos;
Células embrionárias são derivadas de  células de blastocistos normais. Estas células são polipotentes, isto é, que  se podem desenvolver em qualquer tipo de tecido. Ao remover as células embrionárias da cultura e ao colocar-se novamente dentro do embrião (blastocisto), permite a divisão das células e tornam-se partes do embrião. A transfusão permite inserir, in vitro, DNA estranho nas células. Após a inserção in vitro do DNA pretendido, analisa-se o material em estudo a ver se as células “aceitaram” o DNA, e se sim coloca-se as células em blastocistos. 

Todavia coloco 2 vídeos para que o que foi retratado em cima seja mais explícitos, mostrando assim com pormenor o que realizam em laboratório pois existem inúmeras técnicas e métodos dos quais muitos ainda não foram divulgados e outros são de uma compreensão científica muito elevada.

Bibliografia:


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Com que fins são produzidos os OGM, isto é, quais as suas aplicações?

Actualmente os OGM têm aplicações em variadíssimas áreas como, por exemplo, na Medicina, através da terapia genética para o tratamento de doenças e da produção de vacinas e/ou de proteínas bem como na Agricultura, através da produção de plantas transgénicas, para alimentação humana ou de outros animais.
Assim, para compreender melhor este tema, Os Organismos Geneticamente Modificados, é necessário compreender também com que fins são estes produzidos e quais as suas aplicações.

Aplicações dos OGM
Tratamento de doenças recorrendo à Terapia Genética
A Terapia Genética consiste na introdução de um, ou mais genes, em células somáticas e tecidos de um indivíduo, que possua uma determinada doença provocada pela deficiência desse(s) mesmo(s) gene(s).
A introdução do material genético na célula é feita recorrendo a vírus, que funcionam como vectores, introduzindo nas células o DNA com o gene em falta, sendo que o DNA do vírus é alterado, retirando o gene que provoca a doença viral e introduzindo o gene em falta (ou deficiente), recorrendo à Técnica do DNA Recombinante.
Assim, algumas das células do indivíduo doente passam a ter o gene  em falta, sendo sintetizada a proteína que ajudará a tratar o distúrbio provocada pela sua ausência.
Apesar de ser uma terapia de certo modo primitiva, tem-se verificado uma boa eficácia na sua aplicação.



Terapia Genética utilizando um andovírus como vector
Produção de proteínas
Através da produção de bactérias geneticamente modificadas, neste caso transgénicas, é possível fazê-las produzir em grandes quantidades, determinadas proteínas necessárias ao ser humano.
Através da Técnica do DNA Recombinante, altera-se o DNA de plasmídeos (que vão funcionar como vectores) e colocam-se os plasmídeos recombinados num meio de cultura de bactérias. Os plasmídeos introduzir-se-ão no citoplasmas das bactérias ficando estas com o seu genoma alterado e possuindo o gene específico para a produção de determinada proteína.
Após a síntese das proteínas, pelas bactérias, é feita a sua purificação de modo a poderem ser comercializadas e administradas ao Homem.
Por exemplo, a produção de insulina humana é actualmente feita através de bactérias geneticamente modificadas.

Bactérias Echerichia Coli (bactérias, usadas na produção de insulina
Produção de Vacinas
As vacinas têm como objectivo introduzir no nosso organismo um determinada agente patogénico a que se pretende adquirir imunidade.
Para este fim, altera-se o material genético do agente patogénico recorrendo também à Técnica do DNA Recombinante, retirando o gene que provocaria a doença. Assim, o agente patogénico é introduzido no nosso organismo na forma inactiva (sem o gene prejudicial), mas activando o sistema imunitário e criando células de memória específicas para aquele agente patogénico, que aquando de uma nova infecção, reconhecê-lo-á provocando uma resposta imunitária mais rápida e eficaz.
Porém esta técnica não é eficaz em todas as doenças provocadas por agentes patogénicos, como por exemplo nas doenças provocadas por vírus devido à sua elevada taxa de mutação.

Exemplo de vacinas 

Produção de transgénicos para alimentação
Para além de bactérias transgénicas utilizadas para fins terapêuticos na Medicina, também na Agricultura se produzem plantas transgénicas, alterando o seu genoma ao introduzir genes que lhes conferem determinadas característica favoráveis ao seu crescimento e desenvolvimento com vista a melhorar e aumentar a sua produção.
Para tal, são introduzidos no genoma das plantas diversos genes que lhes conferem características como:
- Aumento da resistências a diversas condições ambientais, como por exemplo, a geada.
 - Uma maior resistência a pragas.
 - Melhoramento das capacidade de defesa contra agentes patogénicos como vírus, bactérias ou fungos.
- Resistência a herbicidas.

Plantação de Soja Transgénica


Bibliografia:
http://www.ogmespan.blogspot.com/
http://organismosmodificados.blogspot.com/2008/03/aplicaes-dos-ogms.html