Esta técnica
foi introduzida na reprodução selectiva em animais, uma vez que o uso de um macho
com características de sucesso para inseminar uma grande quantidade de fêmeas
não permitia que uma fêmea produzisse um maior número de descendentes, o que passou
a ser possível através do recurso ao método de fertilização in vitro e transferência de embriões.
Em que se
baseia então esta técnica? Quais as suas etapas?
Inicialmente
seleccionam-se um macho e uma fêmea que apresentem as características desejáveis.
Trata-se a fêmea com a hormona foliculoestimulina que irá provocar uma ovulação
múltipla, isto é, a libertação de mais do que um oócito.
Passado um determinado
tempo aspiram-se os oócitos da fêmea e colocam-se-nos num fluido semelhante ao
que se encontra no oviduto.Por outro lado, recolhe-se o esperma do macho que é adicionado aos oócitos.
Desta forma ocorre, então, a fecundação in vitro.
Após esta fecundação, os embriões começam a desenvolver-se, sendo a cultura mantida em condições controláveis.
Posteriormente, quando cada embrião atinge 8 a 16 células, as células pode ser separadas e colocadas num outro meio de cultura. Como cada célula é totipotente, ocorre, então, a formação de novos embriões.
Passado algum tempo, os embriões podem ser separados. Após a sua separação, cada embrião é colocado no útero de uma fêmea (que recebeu, anteriormente, um tratamento com progesterona, para que o útero se encontre apto a receber o implante) de forma a que possa ocorrer o desenvolvimento de um novo ser que reunirá as características desejadas e, anteriormente, seleccionadas.
Por exemplo, no Brasil, um país produtor de gado, a utilização desta técnica tem vindo a ganhar terreno ao longo dos últimos anos:
“A Fertilização in vitro, em 2000 foi responsável por 24,6% dos embriões transferidos, enquanto que o procedimento convencional foi responsável por 75,4%, segundo dados colectados pela Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões. Já a partir de 2005 essa realidade inverteu-se, tendo 54,3% utilizado a FIV, aumentando ainda mais em 2007 que passou a ser de uma percentagem de 75% do total de uma amostra de 200 mil embriões transferidos.”
Bibliografia:
DIAS DA SILVA, Amparo [et al] – Terra, Universo de Vida – Biologia – 12º Ano, 1ª ed. Porto: Porto Editora, 2010
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